terça-feira, junho 29, 2010

As Memórias e as Diferenças!... 2ª parte

Reparem nesta diferença abismal:- « Há cerca de sessenta anos, passou pela nossa linda aldeia e por cá se manteve largos anos, um abade, que se ocupou de forma empenhada - entre outras actividades - em controlar o dia a dia dos namoros cá da terra, duma forma continuada e para isso contou com a ajuda de terceiros, possivelmente convidados, e, que, terão aceitado colaborar nesse esquema, no mínimo degradante... Estamos em crer, que não teriam bem a noção do papel que desempenhavam, mas é bom perceber, que isto só foi possível, porque a igreja católica e o Estado Novo andaram de mãos dadas, e, por via dessa união, os padres, naquela época, tinham um poder que lhes permitia, caso optassem ir por aí, intrometer-se em questões que nada tinham a ver com a confissão religiosa! Este reprovável atrevimento, deu aso a situações que nunca deveriam ter acontecido e que marcaram pela negativa muito boa gente de Pedorido!

O pior de tudo isto, é que neste país de brandos costumes, não se assumiu, nem se reparou o que de mal se fez, ou seja, feriu-se a dignidade e a liberdade das pessoas, mas nem a Instituição igreja, nem ninguém, apareceu a dar a cara e a assumir que errou e a pedir desculpas públicas pelo sucedido. Ainda hoje, apesar de vivermos num sistema democrático, resiste-se muito a reconhecer os erros de personalidade, num sinal claro de que as deformações de carácter, vão passando de geração para geração e resistem aos regimes políticos, quaisquer que eles sejam...

Ainda a propósito das nossas memórias e das diferenças, ocorreu-me, agora mesmo, imaginar aquele degradante cenário com perto de sessenta anos, transposto para os tempos actuais e para o Pedorido deste novo tempo!... Somos levados a pensar que os cidadãos de hoje, saberiam tomar uma posição de acordo com a circunstância e mais ao jeito das liberdades e direitos que o 25 de Abril veio repôr! É óbvio, que é para aí que vai a lógica do nosso raciocínio!

4 comentários:

Anónimo disse...

estou a gostar destas memórias, mas apreciava mais se as insinuações e os factos fossem concretos...ficaria mais esclarecido
cumpri_mentos

Valdemar Marinheiro disse...

Estou totalmente de acordo e é uma verdade indesmentíverl que os Padres eram senhores todos poderosos e intocáveis.
Se fosse naquela de proteger, o sujeito por mais Safardana que fosse estava protegido, umgenro do agora nos tribunais se o assassino durante o julgamento não falar é provade arrependimento e como tal deve ser mandado em liberdade, ao lado se o juiz é outro e o fulano não cai na boa graça; leva 25 anos.
No caso do Padre levava não sei quantos Terços, Padres nossos e Avé Marias de penitência.
Hoje a grande maioria dos Padres tem uma visão mais realista, mas é indesmentivel que ainda detem um poder enorme.
Agora o que acontece é que estão péssimamente rodeados de gente que já não são nada jovéns e com conduta desprezivel,mas disso eles não tem culpa total, pois não poderão seleccionar.
Pedorido diga-se que desde os tempos idos, nunca teve muita sorte com a presonalidade isenta dos mesmos. De há uns anos a esta parte não tenho conhecimento.
Da discussão nasce a luz. O artigo vale por isso.
O que falo da reputação de padres que estiveram em Pedorido quando Rio Mau pertencia a Pedorido está escrito em Livro.
Parabéns.

JVD disse...

Agora esse papel continua a ser desempenhado,não pela mesma personagem mas por algumas figuras de cá :)

JVD disse...
Este comentário foi removido pelo autor.