segunda-feira, julho 16, 2007

Só uma pergunta...

Pedorido tem junta de freguesia????

segunda-feira, julho 02, 2007

Tampas, por wrld.antidot

«Decidi partilhar algo que a princípio seria íntimo mas que se veio a transformar numa espécie de tese, daquelas que os licenciados, aspirantes a Drs., têm que elaborar na conclusão dos seus cursos.
Começou tudo há umas semanitas atrás numa das minhas deslocações à nossa terrinha. Foi num fim-de-semana em que levei "tampa" de uma menina, amiga colorida. OHHH! Surpreendente!

Pois é, também eu, que tinha a puta da mania de ser uma espécie de D. Juan, acabei por me transformar mais num modelo nortenho, por conseguinte mais frio, de Zézé Camarinha, sem “pute de cream”...
Bem, é obvio que comecei esse fim-de-semana com uma telha do caraças, mas “tá tudo”… atrás de uma montanha há outra ainda maior e, temos de seguir para bingo! A auto-confiança estava a nivelar-se com os parâmetros normais.

Levei "tampa" pronto, não acabou a primavera (mas está quase)!

Fixe, vem aí o verão, muito calor ambiente e humano, bikinis, gajas boas, semi-nuas para alguns, totalmente nuas para outros mais privilegiados (eu tou aí).
Bem, mas onde está o ponto de transição do privado para a tal tese? Aqui: eu levei "tampa"!!!!
E? Pois bem, numa das minha voltas, solitário por força das circunstâncias, até ao nosso centro de concelho, tum tum..tum tum..tum tum...o que é isto!!?
Tampa, tampa, tampa...eh pá, tanta tampa!! E para que serve tanta tampa? Para conduzir a trampa! Para onde? Não sabem? Nem eu!

Bem, já ia a meio da viagem, por isso não tinha a noção de quantas haviam ficado para trás, mas comprometi-me que na viagem de volta, caso viesse sozinho (esperava que não) haveria de contabilizar as tampas que deram e puseram por ali.

Senti um pouco de alívio, não era só eu que tinha levado tampa. Pois bem, por (in) felicidade do destino lá vim sozinho e comecei a contar.

Caros, isto é real! Desde Paiva até à Estação (precisamente no limite fronteiriço entre a nossa freguesia e O. do Arda), não entendo porque acabaram ali(será que desde sempre se soube que em Pedorido não há merda, que somos gente boa, gente válida, nada de trampa, será que foi uma maneira de nos transmitirem essa opinião e certeza.. !!??) Não sei, mas tenho que dizer a quem colocou as tampas e a quem é responsável pela sua colocação, que aqui não há trampa ( no que se refere à pessoas e seus valores) mas que somos humanos, não ainda deuses, e como tal também cagamos e também fazemos muita merda! Livrem-nos dela quando puderem!

Voltando às contas; contei nada mais nada menos que 242 tampas até à Estação! Ora, matemática pura, 242 tampas a dividir por 15 km (descontando apenas dois às curvas da Estação), dá a magnifica média de 16,13333333 tampas por km!!!! Noves fora nada, está certo! Eh pá é muita tampa, mas é porque se justifica porque lá para cima faz-se muita merda! E para onde vai? Parece-me que vamos ser nós que vamos ter que levar com isso tudo, temos lidado com a nossa ao longo destes anos, não há indícios na natureza de malefícios, é provável que acreditem que sabemos trata-las de alguma forma especial, secreta, e que lhes daremos um destino que não incomodará ninguém...não se iludam senhores mandantes, Srs. responsáveis, Srs. políticos. nisto que se refere a merda e outros detritos menos desejáveis, cada qual que leve e trate das suas.

Bem, mas o mais curioso disto tudo foi que nesse mesmo dia fui até ao S. Domingos, já bem acompanhado. Fixe! Calhou, fui pela estrada de paralelos, porque a outra está em obras de alargamento e beneficiação até Serradelo, e eu lá fiz o desvio. Pode ser que, quando concluam esta obrita, considerem deslocar as máquinas e os recursos humanos para realizarem a obra faraónica de alargamento e beneficiação da estrada para Gaído (mas isso já é Pedorido, as negociações são mais conturbadas!). Continuando, subi o monte e tum tum, tum tum, tum tum... será dos paralelos? Nããã”! Eram as tampas! Eh pá, isto parece perseguição! O fantasma da tampa que eu levei! Mas eu já estava noutra e já me tinha (mesmo) esquecido, mas tenho que entender isto, deve ser uma espécie de mensagem divina. O que tenho que fazer em relação a isto? Não sabia, ainda, e agora estava a dedicar-me com extrema atenção à minha companheira. Fumar um cigarrito, e neste momento as nossas capacidades de raciocínio voltam. Em que pensava ela? Não sei, mas tinha uma expressão parva, infantil, misturada com um sorriso que parecia que tinha metido ecstasy, aquele sorriso simplesmente não lhe saía dos lábios. E eu? Em que pensava? Pois! Nas tampas! Arranquei imediatamente, tinha que satisfazer esta minha ânsia de conhecimento, a minha curiosidade, onde me levaria estes sinais. Tinha mesmo de aprofundar! Vim por ali abaixo e, onde tem a 1ª casa (acho que é do Fernando Queijinho de Pedorido), abaixo daquela espécie de portal para o infinito (duas pedras de granito ao alto), comecei a contar! E a gaja não me largava, queria mais, estava a desconcentrar-me, por isso não tenho a certeza do resultado final. Sei que quando cheguei ao entroncamento da Estação havia contado 90 (noventa!) tampas. Média, média, média... caros conterrâneos, esta é fácil 90 tampas a dividir por 3 km dá a extraordinária média (digna de registo no Guiness World Book of Records, ou que se crie um similar a nível local, para que fique registado, para que conste em algum lado, temos que partilhar e perpetuar isto!) de 30 tampas por km.

Tantas!!?? Porquê, para quê? Isso não me interessa. o curioso é que as tampas acabam mesmo ali, na Estação! Poça, também queremos tampas, eu levei tampa e soube lidar bem com isso, ajuda a crescer, e Deus sabe como alguma da nossa população precisa de crescer! Dêem-nos tampas! Mas não queremos, não merecemos umas tampas quaisquer. Pela demora de entrega e colocação, exigimos alguma distinção.

Sugiro tampas triangulares, representativas da pirâmide de Maslow, para nos lembrarmos das nossas prioridades e necessidades vitais. temos lutado, sobrevivido sem tampas, mas queremos atingir o topo da pirâmide, ambicionamos tampas. Faço mais um pedido, uma recomendação: quando nos derem tampas e tudo o que elas implicam, façam-no em condições. Contratem apenas trabalhadores nacionais, engenheiros nacionais e, acima de tudo, quem tomar decisão da sua colocação que sejam políticos competentes ou seja, nacionais. Os estrangeiros eram capaz de inventar novas técnicas e estragar o resultado final, que tanto gostamos e a que já estamos habituados. Peço que não tapem as tampas já existentes com o novo piso de alcatrão novo da nova variante à nossa querida e saudosa EN222. não tapem as tampas, qualifiquem-nas de Ex-líbris, equiparem-nas à tumba da quinta da Boavista, divulguem-nas nos roteiros turísticos...será só people, beaucoup de pesonnes, mucha gente en peregrinación,..

Ah, e ás que vierem a colocar da Estacão para baixo, façam com a mesma equipa. Recomendação: primeiro deitem um piso de alcatrão lisinho, mas mesmo lisinho, mesmo mesmo lisinho, daqueles pisos lisinhos em que um gajo anda e diz eh pá este piso é mesmo lisinho! Deixem-no estar assim durante um mês, pronto, dois no máximo, para calcarem bem as terras, mas depois concluam a obra, sem pressas.... desviem durante mais um anito o trânsito, pode ser pela linha (assim terão que gastar mais umas corouitas, alargar e alcatroar esta estrada; Paciência povo de Gaído, vão ter que esperar mais uns dez anitos pela vossa obra). Perfurem, rasguem, escavem até obterem humidade nessas escavações (fez-me lembrar aquela minha ida ao S. Domingos, que se passou com a minha nova conquista!), depois metam lá as tampas, tapem tudo outra vez, mas peço-vos, façam-no com a mesma perfeição que nos têm habituado! Têm tempo, não o façam à pressa, afinal, depressa e bem há pouco quem!

E isto tudo a propósito de quê?
De tampas, da que eu levei!

Se a minha amiga colorida soubesse que ís dar nisto não me tinha deixado ficar assim, só, desesperado, perigosamente atento a pormenores mundanos.

Vivam as tampas, Tampas forever, amor de Tampas. Façam tatuagens, panfletos, manifestações, festivais...em prol das tampas

Volta filha, estás perdoada!

Um Abraço a todos os pedoridenses!
Os outros que se f....»