sexta-feira, setembro 10, 2010

Pedorido visto do rio Douro! 2ª Parte


Diz-se, que foram tempos difíceis, e, felizmente, que ainda podem ser testemunhados por um bom número de pessoas ainda vivas e que resistem por todo esse Couto Mineiro - agora desactivado - porque as memórias não se inventam e até resistem aos maus tratos, a maioria das vezes ocasionados por vidas difíceis e pelos piores isolamentos que ninguém escolheria, se ainda pudesse fazer escolhas!...
Essas realidades de um passado não muito longínquo, servirão, quando muito, para que se retirem as ilações dos valores que as sociedades devem livremente adquirir ou rejeitar, por forma a viver-se dentro de padrões aceitáveis e dignos. Esta bagagem nunca está seguramente adquirida, pensamos nós, mas é um facto que foram dados passos nesse sentido, agora há que evitar o retrocesso!...
Pelas recordações de há cinquenta anos - quase uma vida! - tínhamos alguma curiosidade de conhecer melhor o mais recente e actual rio Douro e as zonas que lhe estão adjacentes em ambas as margens e que já não seriam bem iguais!... Nem estamos a referir-nos às zonas ribeirinhas do Porto e Gaia, que, excluindo a presença dos barcos que fazem os Cruzeiros e ainda dos barcos rabelo, que, são uma cópia um pouco aproximada, mantém-se no essencial o que sempre foram as duas margens, e, só notamos uma recente novidade entre o cais de Gaia e o quartel do monte da Virgem, sobranceiro ao rio. Está ali em construção um novo teleférico, em fase bastante adiantada e que irá ligar aqueles dois locais da cidade de Gaia, pelo que nos foi dado observar...
Demos início à subida com o mar Atlântico na maré baixa, e, talvez, por esse facto, podemos constatar a grande diversidade de aves com que íamos deparando ao longo do rio e foi uma constante até à barragem de Crestuma, e, se, não nos falhou a contagem, foram seis pontes as memorizadas em todo o correr das duas cidades, se contarmos com a ponte D. Maria, entretanto, desactivada. Não resta qualquer dúvida que ali se aplica o ditado popular:- « Não há fome que não dê em fartura!...» ( Continua )


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